Johann Sebastian Bach - Bach 1031allegro

4.Baixo contínuo como fundamento harmônico

À medida que a preferência pela voz superior se afirmava, as formas contrapontísticas perdiam sua validade. O interesse melódico do solo ou das partes concertantes não devia ser ofuscado pela polifonia complexa. Percebeu-se em particular a necessidade de um baixo contínuo. 
Os cruzamentos das partes graves, não tinham mais sentido na nova música, as diferentes partes acompanhantes eram confiadas a um só instrumento, alaúde, órgão, ou cravo. As novas composições apresentam o baixo como fundamento harmônico. 
O baixo passa a ser indicado por números e sinais de alteração, colocados acima ou abaixo do baixo contínuo, É o que se chama de baixo cifrado. 

Observe nesse exemplo:


 Livro: História Universal da Música Vol.1/Autor: Roland de Candé página 420

Croce, Banchieri, Viadana, Cavalieri, Peri, Caccini utilizam-no entre 1594 e 1602; Viadana apresenta a primeira teoria do contínuo em seu prefácio à edição de seus concerti ecclesiastici (1602). O baixo contínuo torna-se o acompanhamento indispensável de toda a música do século XVII e início do século XVIII.

Livro: História Universal da Música Vol.1/Autor: Roland de Candé página-423


Clicando no link abaixo da imagem você poderá ouvir canções de alguns dos compositores citados a cima. Aprecie com moderação!

O princípio do contínuo, favorece a livre expansão do lirismo individual, de que procedem o melodrama e o estilo concertante. À unidade do conjunto polifônico, a nova música opõe o contraste, o inesperado, a diversidade de individualidades musicais (vozes, instrumentos, grupos vocais ou instrumentais), que concertam livremente, sustentadas pelo baixo contínuo.


História de Maria de Médicis, a troca das duas princesas (1615)
 Livro: História Universal da Música Vol.1 /Autor: Roland de Candé página-429








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